Ao viajar do outro lado do Brasil, fui tocado pela simplicidade de uma pessoa humilde que em seus olhos eu via uma transparência de tamanha honestidade, com apenas um primeiro contato me transmitiu confiança. Logo me cativou, sem muita ação ou conversa e me rendi ao seu sorriso. Fico me perguntando o por que tive uma atração fora do normal por uma pessoa que vi em uma noite vendendo artesanato na beira da praia?
Sem pensar duas vezes logo fui perguntando seu nome e me apresentando, foram alguns minutos de conversa, mas com aquela sensação de que nos conhecíamos à anos ou por mais incrível que parece, de outra vida. Comprei uma lembrança de seus artesanatos, ela me olhou e pediu se podia me dar um presente, fiquei surpreso e aceitei, era uma pulseira que simbolizava sorte. Ao nos despedirmos ela me falou com uma certeza enorme que ainda iremos nos cruzar por ai. Difícil explicar o que foi aquela identificação tão grande, mas fácil de lembrar o seu rosto que ficou gravado em minha memória.
Uma coisa é certa: precisamos nos dar oportunidades de conhecer pessoas, percorrer lugares e interagir com o meio, pois de uma forma ou outra irão nos marcar por menor que seja o contato. Os caminhos da vida devem ser livres e lindos. Foi uma simples troca de olhar que me fez ver que as coisas ínfimas da vida é que realmente nos ensina a sermos humanos.
Autor: Gean de Sales Ferreira.