Canção do Exílio

Canção do Exílio

Canção do Exílio
(Gonçalves Dias)

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

 

A “Canção do Exílio” é um poema de Gonçalves Dias produzido no primeiro momento do Romantismo Brasileiro, época na qual se vivia uma forte onda de nacionalismo, que se devia ao rompimento do Brasil - colônia com Portugal. No pema o poeta ressalta os valores naturais do Brasil, refere-se ás belezas existentes em nossa pátria, onde o autor estabelece uma comparação entre “La” refere-se ao Brasil e “Ca” refere-se a Portugal. È um texto de exaltação á nossa pátria e que inspirou muitos outros poetas.

 

Reflexão de Eloísa Gabriela de Campos Siqueira